Prosseguem as investigações à morte de Carlos Cardoso

Três anos após a morte do jornalista moçambicano Carlos Cardoso a identidade de todos os envolvidos no seu assassinato ainda é desconhecida, apesar de seis pessoas terem sido condenadas num julgamento exemplar, afirma o relatório da missão da Repórteres Sem Fronteiras (RSF) a Moçambique.

A visita da RSF, entre 28 de Outubro e 6 de Novembro, pretendia apurar o andamento das novas investigações sobre este caso, uma vez que, durante o julgamento, as autoridades judiciais anunciaram uma segunda investigação com vista a determinar se Nyimpine Chissano, filho mais velho do presidente, tinha tido algum papel na morte de Cardoso, abatido a tiro numa rua de Maputo a 22 de Novembro de 2000.

Esta suspeita foi levantada várias vezes em tribunal por duas testemunhas, que sugeriam que Nyimpine Chissano era o principal instigador do assassinato. Segundo a RSF, o procurador-geral moçambicano disse que os resultados da nova investigação serão conhecidos em breve.

Desta sua missão a Moçambique, a organização saiu com boa impressão do sistema judicial da antiga colónia portuguesa, considerando-o um exemplo para o resto de África por ter sido o primeiro naquele continente a julgar e a atribuir penas pesadas a responsáveis pela morte de jornalistas.

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