Profissionais da Reuters “humilhados” por tropas dos EUA

O tratamento “brutal” e “humilhante” a que as tropas norte-americanas submeteram três elementos da agência Reuters, no Iraque, levou a empresa a apresentar uma queixa formal ao Pentágono no início da semana passada.

Os três profissionais em causa – o repórter de imagem Salem Ureibi, o colaborador Ahmed Mohammed Hussein al-Badrani e o motorista Sattar Jabar al-Badrani, todos iraquianos – foram detidos a 2 de Janeiro pelas tropas dos EUA quando apareceram no local da queda de um helicóptero, em Falluja.

Os militares começaram por alegar que os elementos da Reuters eram “pessoal inimigo” que tinham aberto fogo sobre as tropas norte-americanas, e recusaram-se a libertá-los durante 72 horas. De nada lhes serviu estarem vestidos com coletes à prova de bala identificados com a palavra “press”.

Até ao momento, os militares norte-americanos não emitiram qualquer pedido de desculpas por esta detenção abusiva e disseram mesmo à Reuters para desistir da queixa.

Além disso, segundo o jornal britânico “Guardian”, só após alguma insistência o porta-voz dos militares dos EUA no Iraque, Brigadeiro-General Mark Kimmitt, admitiu que uma queixa formal tinha dado entrada e que o incidente estava a ser investigado.

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