O primeiro-ministro tailandês Thaksin Shinawatra colocou processos por difamação aos jornais “Thai Post”, “Manager Daily”, “Krungthep Tooragit” e “Post Today”, em virtude da cobertura que estes fizeram de recentes protestos contra o seu executivo.
Todos os jornais visados publicaram discursos efectuados por manifestantes acusando o governo de Thaksin Shinawatra de vender bens nacionais a estrangeiros, uma opção considerada por Christopher Warren, presidente da Federação Internacional de Jornalistas (FIJ), como normal, dada “a responsabilidade dos média em publicar todos os lados de uma história”.
O código penal tailandês prevê penas de prisão de dois anos e multas de aproximadamente 200 mil baht (4.275 euros) pelo crime de difamação.
Recorde-se que há duas semanas, a 15 de Março, um tribunal da Tailândia deu razão à activista Supinya Klangnarong e ao “Thai Post” num caso de difamação interposto pela Shin Corp, empresa que foi detida até há pouco tempo pela família do Thaksin Shinawatra, deliberando que as entidades e figuras públicas deviam estar sujeitas a maiores críticas se estivesse em causa o interesse nacional.