O presidente mexicano, Felipe Calderón Hinojosa, assegurou que irá dar um novo impulso à legislação que torna os crimes contra jornalistas em crimes federais, pois considera que o direito à liberdade de expressão é uma prioridade do seu governo e que “os ataques a jornalistas são ataques directos à própria democracia”.

A garantia foi dada numa reunião de hora e meia com representantes do Comité para a Protecção dos Jornalistas (CPJ) e da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP), na qual Felipe Calderón se revelou incomodado com o facto de o México ser visto como um dos países mais perigosos para o exercício da profissão, devido ao elevado número de profissionais aí assassinados nos últimos anos.

Segundo o relatório “Silencio o muerte en la prensa mexicana”, divulgado pelo CPJ a 8 de Setembro, os crimes relacionados com o narcotráfico, a violência e a corrupção devastaram a imprensa do México e afectaram seriamente os direitos dos cidadãos à livre expressão e ao acesso à informação.

Nesse relatório, o CPJ insta o Congresso e o presidente do México a adoptar reformas integrais que tornem os crimes contra a liberdade de expressão em crimes federais, a atribuir às autoridades federais a capacidade de investigar e julgar os responsáveis por estes crimes, e a estabelecer um sistema de responsabilidade por estas políticas ao mais alto nível do governo.