O presidente do Malawi, Bingu wa Mutharika, recusou a presença de dois repórteres e um operador de câmara da Television Malawi (TVM) e da Malawi Broadcasting Corporation (MBC) na visita de Estado que efectuou à Formosa (Taiwan).
Os jornalistas impedidos de acompanhar a visita do chefe de Estado, iniciada a 9 de Janeiro, foram Jolly Ntaba, da TVM, e Moffat Kondowe e Harry Chuma, da MBC.
Enquanto a MBC não conseguiu encontrar outro jornalista para acompanhar a visita, a TVM enviou, a pedido do presidente, o produtor Waliko Makhala e o operador de câmara Bwanali Makote, que em Novembro de 2004 já tinham acompanhado Bingu wa Mutharika ao Quénia como “convidados pessoais”.
Este caso foi condenado pelo Instituto de Média da África Austral (MISA-Malawi), que o descreveu como “não democrático” e instou o ex-jornalista e actual ministro da Informação, Ken Lipenga, a explicar ao presidente os efeitos nefastos de uma interferência excessiva nos média.
A organização sugeriu ainda que a TVM e a MBC criassem um grupo composto por repórteres experientes e capazes com vista a cobrir, rotativamente, as actividades do presidente.