Prémios do CPJ para três jornalistas e uma advogada

Os jornalistas Lúcio Flávio Pinto (Brasil), Galima Bukharbaeva (Uzbequistão) e Shi Tao (China), assim como a advogada Beatrice Mtetwa (Zimbabué), foram galardoados pelo Comité para a Protecção dos Jornalistas (CPJ) com os Prémios Internacional da Liberdade de Imprensa 2005.

A entrega dos galardões será feita a 22 de Novembro em Nova Iorque, numa cerimónia em que Peter Jennings, pivot da ABC News falecido em Agosto último, será homenageado com o Burton Benjamin Memorial Award, pelos seus 41 anos dedicados ao jornalismo.

“Todos os premiados arriscaram as suas vidas e a sua liberdade para contar a verdade sobre políticos, empresários e crime. Devido ao seu trabalho, estes jornalistas foram atacados de várias maneiras por pessoas poderosas determinadas a esconder as suas acções”, lembrou Ann Cooper, directora-executiva do CPJ.

O brasileiro Lúcio Flávio Pinto, proprietário e editor do “Jornal Pessoal”, foi fisicamente agredido e ameaçado de morte depois de informar sobre tráfico de drogas, devastação ambiental e corrupção política e empresarial na região amazónica.

Galima Bukharbaeva, ex-correspondente do Institute for War & Peace Reporting no Uzbequistão, arriscou a vida ao cobrir a repressão governamental em Andijan, durante o mês de Maio, tendo conseguido exílio nos Estados Unidos para escapar a processos criminais pelas reportagens efectuadas.

Sorte idêntica não teve o jornalista freelance chinês Shi Tao, que cumpre actualmente uma pena de dez anos de prisão por “divulgar segredos de Estado para o exterior”.

Por fim, a advogada Beatrice Mtetwa – que chegou a ser presa e agredida pelo seu trabalho – conseguig libertar vários jornalistas que enfrentam acusações criminais baseadas nas novas leis, cujo objectivo principal parece ser silenciar vozes independentes na comunicação social do Zimbabué.

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