Um jovem jornalista do Gana, Raymond Archer, ganhou a Medalha de Ouro do Prémio Lorenzo Natali 2002, um dos mais importantes prémios de jornalismo do mundo, destinado a premiar trabalhos no campo da defesa dos direitos do homem e que é atribuído pela FIJ, em cooperação com a Comissão Europeia.
Raymond Archer foi distinguido por ter investigado um escândalo sobre deportações, que afectou o governo sueco, uma reportagem que foi ainda distinguida com o prémio regional para os trabalhos oriundos de África.
Os prémios, baptizados em memória do antigo vice-presidente da Comissão Europeia, Lorenzo Natali, foram entregues a 15 de Novembro, em Bruxelas, em cerimónia presidida pelo comissário europeu para o Desenvolvimento e Ajuda Humanitária, Poul Nielsen.
Um jornalista brasileiro, Maurício Konig, do “Estado do Paraná”, foi distinguido com o prémio para o melhor trabalho da América Latina, que partilhou com o paraguaio Julio César Benengas Vidallet. “Mentira Encobre Crime no Quartel” é o título da reportagem de Konig. Outro jornalista do Brasil, Mário Magalhães, da “Folha de São Paulo”, recebeu uma menção honrosa.
Uma reportagem sobre a exploração e o tráfico de mulheres pelas forças dinamarquesas de manutenção de paz no Kosovo deram aos dinamarqueses Henrik Brunn e Ulrikke Mustgaard o prémio Natali para a região europeia.
O indiano Asha Krishnaukumar e o libanês Maher Chmaytelli foram distinguidos com os prémios para a região da Ásia/Pacífico e para a região do Norte de África e Médio Oriente.