Prémio Jornalismo pela Tolerância para Paulo Moura

O jornalista Paulo Moura, do “Público”, foi distinguido dia 18 com o Grande Prémio Imigração e Minorias Étnicas: Jornalismo pela Tolerância, pelos trabalhos “Missnana, o sonho leve da morte” e “Um bebé é um passaporte para o céu”.

A segunda edição do galardão, que foi entregue na Comunidade Hindu de Portugal, em Lisboa, premiou ainda os jornalistas Helena Figueiras, Mário Antunes e António Pires, da RDP, e Alexandra Correia, da “Visão”.

Paulo Moura foi distinguido por os seus artigos constituírem uma investigação inovadora da imigração clandestina e fazerem uma ponte entre a realidade internacional e a realidade portuguesa – segundo o júri presidido por Rogério Santos e composto ainda por Estrela Serrano, Graça Franco, Joaquim Furtado e Mário Robalo.

O facto de “Missnana, o sonho leve da morte” e “Um bebé é um passaporte para o céu” traduzirem “a compreensão do sofrimento associado à imigração” e terem obtido repercussão nos média internacionais também pesou na decisão dos jurados.

Os jornalistas da RDP, Helena Figueiras, Mário Antunes e António Pires, viram galardoado o seu trabalho “As asas de Sérgio Démian – um farol em Portugal”, que promove a tolerância, a integração e a esperança, enquanto a jornalista Alexandra Correia, da “Visão”, foi distinguida com o prémio de imprensa pela reportagem “Rejeitados”.

O trabalho de Alexandra Correia refere as razões políticas e jurídicas da nova legislação para a imigração e mostra a “vida prática dos imigrantes, contando histórias de subornos, jogos de interesse e pressão dos patrões”, revelou o júri, que decidiu também atribuir uma menção honrosa ao trabalho “A cor dos dias”, de Manuel Vilas-Boas, da TSF, por a peça valorizar a comunidade cigana, “sobre a qual existem muitos estereótipos e preconceitos”.

Além de distinguir artigos jornalísticos, o Prémio Jornalismo pela Tolerância galardoou, ex-aequo, as teses de doutoramento “Racismo e etnicidade em Portugal: uma análise psicossociológica da homogeneização das minorias”, de Maria Rosa Cabecinhas, da Universidade do Minho, e “Representações sociais da comunidade cigana”, de Manuel Augusto Abrantes da Costa, da Universidade de Coimbra, tendo o júri aconselhado a publicação dos dois trabalhos académicos.

Na sua primeira edição, o Prémio Imigração e Minorias Étnicas: Jornalismo pela Tolerância foi atribuído a uma investigação sobre mutilação genital feminina da autoria da jornalista Sofia Branco, também do “Público”.

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