As jornalistas Céu Neves (“Diário de Notícias”) e Raquel Marinho (SIC) foram as vencedoras do primeiro Prémio de Jornalismo Direitos Humanos, Tolerância e Luta contra a Discriminação na Comunicação Social 2007, atribuído pela Comissão Nacional da UNESCO e pelo Gabinete para os Meios de Comunicação Social.
O júri do prémio, composto pelo ex-ministro Guilherme dOliveira Martins e pelos jornalistas Ana Sousa Dias e José Solano de Almeida, considerou como melhor trabalho na categoria imprensa escrita a reportagem Vida de Imigrante, de Céu Neves, enquanto Na Outra Pele, um trabalho da jornalista Raquel Marinho, com imagem de Paulo Cepa, conquistou o galardão na categoria de meios audiovisuais.
Foram ainda atribuídas Menções Honrosas aos trabalhos No Pintcha de Bárbara Alves da Costa, apresentado na SIC, Aos seus Lugares de José Carlos Barreto e Mesicles Helin, apresentado na TSF, e Djunta Mo de Teresa Maia e Carmo, apresentado no Centro Nacional de Apoio ao Emigrante, RTP2 e RTP África.
A reportagem de Céu Neves abordou o quotidiano de quem é apoiado pelo Centro de Acolhimento Pedro Arrupe, criado em Maio de 2006 e que acolhe imigrantes que vivem na rua, que são vítimas de violência doméstica ou que não têm documentos. Um trabalho que a marcou, ao ponto de a jornalista afirmar que pretende usar parte do prémio para ajudar de alguma forma o Centro de Acolhimento Pedro Arrupe.
Em Na Outra Pele, Raquel Marinho abordou a questão da deficiência de um ângulo de esperança, dando a conhecer o caso da Deficiprodut, uma empresa criada por um deficiente físico e que dá emprego a 45 pessoas, 33 das quais deficientes com problemas que vão da paralisia cerebral à meningite, mas que provam que estando no lugar certo e na função certa, uma pessoa com deficiência é uma máquina produtiva.
Os prémios, no valor de quatro mil euros, serão entregues a 16 de Novembro, dia da UNESCO e da Tolerância, em sessão pública que se iniciará pelas 18h30 na Sala dos Espelhos do Palácio Foz, em Lisboa.