Portugal ocupa a 9.ª posição no Índice Mundial da Liberdade de Imprensa 2021, tendo subido um lugar em relação ao ano passado.
O relatório, elaborado pelos Repórteres Sem Fronteiras (RSF) com base num inquérito feito em 180 países, mostra que houve, em termos globais, uma degradação dramática da liberdade de imprensa devido à pandemia de covid-19.
A classificação mostra ainda que o jornalismo está comprometido em 73 daqueles 180 países e está seriamente restringido noutros 59 Estados.
Os RSF consideram que os governos aproveitaram a crise sanitária para “bloquear o acesso dos jornalistas à informação, fontes e reportagens”. A organização diz que a justificação foi utilizada na Ásia, no Médio Oriente e na Europa.
Os Repórteres Sem Fronteiras sublinham também que houve um recuo na confiança do público no jornalismo, revelando que 59% das pessoas inquiridas em 28 países consideraram que os jornalistas “tentam iludir o público de forma deliberada, divulgando informação que sabem ser falsa”.
Pelo quinto ano consecutivo, a Noruega aparece em primeiro lugar na tabela, embora os meios de comunicação do país tenham destacado a falta de acesso a informações públicas sobre a pandemia. A Finlândia mantém o segundo lugar e a Suécia sobe uma posição, recuperando o terceiro lugar.
Entre os países de língua oficial portuguesa que constam no índice, o Brasil é o pior classificado (111.º), tendo descido quatro posições. Cabo Verde desceu dois lugares (27.º), Timor-Leste subiu sete (71.º), Guiné-Bissau desceu um (95.º) e Moçambique quatro (108.º), enquanto Angola subiu três (103.º).