Portugal é 18º em liberdade de imprensa

De acordo com uma classificação estabelecida pela Freedom House, Portugal é o 18º país com maior liberdade de imprensa, a par da Austrália, Bahamas, São Marino e São Vicente e as Granadinas.

Entre os Países de Língua Oficial Portuguesa, são ainda considerados livres São Tomé e Príncipe (64º) e Timor-Leste (68º), parcialmente livres o Brasil (80º), Cabo Verde (80º) e Moçambique (100º), e já abaixo da fasquia Guiné-Bissau (127º) e Angola (142º).

O relatório acrescenta que a liberdade de imprensa sofreu um declínio em todo o mundo no ano passado, na sequência de perseguições, pressões políticas e violência (protagonizada por figuras de Estado ou não).

O mesmo documento – que avaliou órgãos da imprensa escrita, digital, radiofónica e televisiva – revela que alguns dos casos mais preocupantes têm lugar em países como a Rússia ou a Bolívia, cuja democracia está em crise, mas também na Itália, supostamente um país mais estável a este nível.

Karin Deutsch Karlekar, editora da sondagem, assinalou que “o primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi tem exercido demasiada influência no serviço público televisivo da RAI”, e que o seu império dos média, com três grandes televisões privadas, afecta o pluralismo jornalístico do país.

O estudo mostra também que dez países – Bolívia, Bulgária, Cabo Verde, Gabão, Guatemala, Guiné-Bissau, Itália, Moldávia, Marrocos e as Filipinas – desceram de categoria, enquanto o Quénia e a Serra Leoa denotam progressos, assim como evidencia que a região do Médio Oriente/Norte de África é aquela em que a liberdade de imprensa enfrenta mais problemas, constando 90 por cento da região como “Não Livre”.

De entre os 193 países monitorizados pela Freedom House, 73 deles (cuja população representa 17 por cento do total), são considerados “Livres”, enquanto 49 (abrangendo 40 por cento da população) está na faixa dos “Parcialmente Livres” e 71 (onde reside 43 por cento das pessoas) surge como “Não Livre”.

No fundo da tabela apresentam-se Birmânia, Cuba, Líbia, Coreia do Norte e Turquemenistão, com a seguinte descrição: “Nestes países, os média independentes praticamente não existem ou quase não conseguem trabalhar, a imprensa funciona como porta-voz dos regimes e o acesso dos cidadãos a informação isenta está francamente limitado”.

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