Portugal desce no índice de liberdade de imprensa da RSF

Portugal caiu oito posições – e dois pontos – no Índice de Liberdade de Imprensa 2008 da Repórteres Sem Fronteiras (RSF), que foi hoje, 22 de Outubro, tornado público pela organização.

O país é agora 16.º, com 4 pontos, mantendo-se no restrito top 20 e à frente de outros estados-membros da União Europeia, como a Alemanha (20.ª), Reino Unido (23.º), França (35.º), Espanha (36.º), Itália (44.º) ou Bulgária (59.º).

No restante mundo lusófono a tendência foi de subida: Cabo Verde (36.º) subiu 9 lugares; Timor-Leste (65.º) escalou 29 posições; a Guiné-Bissau (81.º) saltou 26 lugares; e o Brasil (82.º) está 2 posições acima. Moçambique (90.º) desceu 17 lugares, mas melhorou a pontuação, e Angola (116.º) é a única excepção à regra, tendo piorado a pontuação e descido 25 posições. São Tomé e Príncipe não faz parte do índice.

A tabela é liderada por Islândia, Noruega e Luxemburgo, este último uma entrada directa para o primeiro lugar, sendo um dos quatro países novos no índice deste ano, a par do Suriname (26.º), da Guiana (88.º) e de Omã (123.º). No fundo da tabela mantêm-se regimes ditatoriais como o Turquemenistão (171.º), a Coreia do Norte (172.º) e a Eritreia (173.º e última).

Num comentário ao índice, a RSF considera que “não é a prosperidade económica mas a paz que garante a liberdade de imprensa”, dando como exemplo o facto de potências democráticas terem vindo a “erodir gradualmente o espaço das liberdades” no pós-11 de Setembro, enquanto vários países economicamente fracos têm conseguido garantir à população o direito de discordar do governo e dizê-lo publicamente.

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