Ponto da situação

O SJ tornou-se associado da Organização Internacional de Jornalistas (OIJ) em 1978, mas só adquiriu o estatuto de membro em 1985, com a filiação simultânea na Federação Internacional de Jornalistas (FIJ). Com a queda do muro de Berlim, a OIJ entrou em declínio, embora haja sinais da sua actividade na América Latina e nas Caraíbas. O SJ já foi contactado para debater o futuro daquela organização.

O Sindicato dos Jornalistas (SJ) esteve isolado do movimento internacional de jornalistas até Abril de 1974, em resultado da política da ditadura fascista que dominou o País até essa data. Porém, com o fim de 48 anos de isolamento, o SJ pôde, finalmente, ser aceite como parceiro sério e representativo da classe em organizações como a Organização Internacional de Jornalistas (OIJ), da qual se tornou membro associado em 1978, por decisão considerada «histórica» pelo então presidente da Direcção, Cesário Borga, em carta enviada ao Secretariado da OIJ, e na qual dava conhecimento de que o mesmo estatuto havia sido solicitado à Federação Internacional de Jornalistas (FIJ).

E como a experiência dos anos que passaram desde a Revolução até esse ano foi qualificada de «muito positiva», anunciava Cesário Borga, na referida carta, que era chegado o tempo de o SJ «se tornar membro de parte inteira» na Organização Internacional de Jornalistas, isto é, membro de pleno direito, aspiração que veio a concretizar-se no ano de 1985, na sequência de uma deliberação da Assembleia Geral, que aprovou os termos de uma proposta da Direcção elaborada em Maio de 1984 e cujo teor reproduzimos no subdirectório intitulado «Decisão histórica».

A partir de então, estreitaram-se e intensificaram-se as relações com a OIJ, tendo representantes do SJ ocupado cargos de responsabilidade na organização, o mais importante dos quais no Comité Executivo até ao último congresso, realizado em Aman, na Jordânia, em 1995, o qual se realizou já num clima de crise, consequência das transformações que vinham sendo operadas nos antigos Estados socialistas, em resultado da queda do Mudo de Berlim. Dele saiu a última estrutura democraticamente eleita, mas a OIJ deixou, na prática, de ter actividade organizada à escala mundial, após a morte, em 1978, do seu secretário-geral, o filipino António Nieva.

O Centro da OIJ da América Latina e das Caraíbas continua, contudo, activo e, em 2000, tomou até a iniciativa de se dirigir às organizações-membros da OIJ, entre elas o SJ, no sentido de debater o futuro da organização.

A Organização Internacional de Jornalistas foi fundada em 1946, em Copenhaga (Dinamarca), como expressão do empenhamento dos jornalistas em prol da unidade internacional da classe, da cooperação e solidariedade mútuas dos trabalhadores da Imprensa do mundo inteiro, na sua luta pela paz e o entendimento entre os povos, na defesa dos seus direitos e dos seus interesses.

A OIJ assumiu, desde o primeiro dia da sua existência, como objectivo principal apoiar os jornalistas por todos os meios na sua luta contra todas as formas de imperialismo, racismo e opressão colonialista, bem como pela democracia, o progresso social e a paz.

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