Na manhã de 25 de Fevereiro, um grupo de polícias entrou na sede da emissora Albasat TV, em Chisinau, capital da Moldávia, efectuando buscas na redacção, confiscando discos rígidos, detendo por algumas horas o contabilista Mihai Pintilie e a apresentadora Natalia Pintilie e saindo sem dar explicações sobre o sucedido.
De acordo com Efim Bârdan, director do grupo Euronova, ao qual pertence a estação, os agentes da autoridade apenas disseram que estavam a efectuar uma investigação e responderam a um pedido para mostrar o mandado judicial com a ameaça de chamar tropas de choque.
Um funcionário do Ministério do Interior defendeu a legalidade da acção policial e revelou que a mesma se efectuou a pedido de um membro do público, justificações que não convenceram a Federação Internacional de Jornalistas (FIJ), que apoiou totalmente o protesto do Sindicato de Jornalistas da Moldávia e instou a um inquérito exaustivo ao incidente.
“Padrões mínimos de liberdade de imprensa e de direito são violados quando a polícia entra sem mandado num órgão de comunicação social”, afirmou o secretário-geral da FIJ, Aidan White, lembrando que o historial de liberdade de imprensa da Moldávia não é muito positivo e que “é particularmente preocupante que isto aconteça no meio de uma campanha eleitoral nacional”.