Plano de combate à violência contra jornalistas nas Filipinas

O governo filipino anunciou a 16 de Maio um plano para pôr fim à onda de violência contra os jornalistas, que transformou o país no segundo mais perigoso do mundo para o exercício da profissão, a seguir ao Iraque.

O projecto prevê a criação de um fundo de 92 mil dólares destinado a pagar recompensas a quem ajude a prender os criminosos, à protecção de testemunhas e à criação de uma equipa de reacção rápida para enfrentar os ataques contra os profissionais dos média.

A União Nacional de Jornalistas das Filipinas considera que este é um primeiro passo para conter a violência, mas adverte que é necessária vontade política para acabar com os assassinatos – 69 nas últimas duas décadas -, geralmente cometidos por criminosos a soldo.

A maioria dos crimes, recorda aquela organização, ocorrem em pequenas povoações onde a lei é ditada pelas forças locais.

Recorda-se que em 2004 foram assassinados nas Filipinas 13 jornalistas, e que no presente ano já perderam a vida outros cinco.

Segundo a União Nacional de Jornalistas das Filipinas, a maioria dos profissionais assassinados realizavam trabalhos de investigação sobre a corrupção da polícia e de funcionários dos governos locais.

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