Patrões dos média gregos promovem clima hostil

A Federação Europeia de Jornalistas (FEJ) condenou a 28 de Setembro o comportamento hostil que os patrões dos média gregos têm vindo a ter para com as redacções, pressionando-as a aceitar “escandalosas infracções aos direitos laborais”.

Entre os casos condenados pela FEJ estão o fim da actividade no diário “Apofasi”, que deixou sem três meses de salário 50 jornalistas e outros 40 trabalhadores, e o encerramento da delegação em Atenas do diário nacional “Makedonia”, que originou o despedimento de 10 jornalistas.

No sector da rádio, a FEJ destaca o corte anunciado de 30 postos de trabalho na Sky, que promete bónus aos jornalistas que sairem “voluntariamente” da empresa, e as situações preocupantes da Planet – cujos jornalistas ficaram desempregados e com salários em atraso depois da mudança de donos – e da Flash, que oscila entre a falência e o despedimento de 50 trabalhadores.

Além disso, a organização alega que em diversos órgãos de informação existem atrasos frequentes – às vezes de dois ou três meses – no pagamento de salários, razão pela qual insta as autoridades gregas a reconhecer a gravidade da situação.

“Podemos compreender que existem condicionantes económicas e financeiras, mas não podemos aceitar que dezenas de trabalhadores paguem pelo que aparenta ser incompetência dos gestores e violação flagrante do direito dos trabalhadores ao salário”, afirma Aidan White, secretário-geral da FEJ.

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