Parecer do CD sobre queixa contra o “Expresso”

O Conselho Deontológico (CD) do Sindicato dos Jornalistas analisou uma queixa apresentada por Gonçalo Sequeira Braga, ex-presidente da EPUL – Empresa Pública de Urbanização de Lisboa, contra o jornal “Expresso” e a jornalista Valentina Marcelino, a propósito de dois artigos sobre a questão dos “directores vitalícios”.

Em apreço estiveram os artigos “Epul: um ‘tacho’ para toda a vida” – que foi manchete do semanário na sua edição de 23 de Setembro de 2006 com a chamada à primeira página: “EPUL tem 15 directores vitalícios” – e um outro, publicado na edição seguinte, de 30 de Setembro sob o título “EPUL esclarece “vitalícios”, que Sequeira Braga, o principal visado, considera conterem “falsidades” e serem susceptíveis de prejudicarem o seu bom-nome. Braga queixa-se ainda de não ter sido ouvido e de não ter sido respeitado o seu direito de resposta.

No seu parecer, que se transcreve na íntegra em ficheiro anexo, o CD conclui que a jornalista “procurou exercer o dever do contraditório, mas não é seguro que tenha esgotado todas as possibilidades de contacto”; que a mesma jornalista “não pode ser acusada de basear-se em fontes anónimas”; que os títulos são da responsabilidade da hierarquia do jornal; e que o “Expresso” não cumpriu integralmente o estabelecido no artigo 26º da Lei de Imprensa em relação à publicação do direito de resposta.

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