Operador de câmara morto na Líbia

Um operador de câmara qatari da Al Jazeera foi assassinado a 12 de Março numa aparente emboscada perto de Benghazi, tornando-se o primeiro profissional da comunicação a morrer durante a cobertura da guerra civil que afecta a Líbia desde a sublevação contra Muammar Kadhafi.

No mesmo dia em que se soube da morte de Ali Hassan Al Jaber, foi libertado o jornalista brasileiro Andrei Netto, correspondente do “Estado de S. Paulo”, detido por tropas leais a Kadhafi durante oito dias em Sabratha, a 60 quilómetros de Tripoli. Permanece sob custódia o repórter iraquiano Ghaith Abdul-Ahad, que estava no país ao serviço do “The Guardian”, e continuam desaparecidos seis jornalistas locais.

Desde que a instabilidade política chegou à Líbia em Fevereiro, o Comité para a Protecção dos Jornalistas (CPJ) já documentou mais de 40 ataques à imprensa, entre os quais se incluem 25 detenções, cinco agressões, dois ataques a instalações, interferências nas transmissões da Al Jazeera e da Al Hurra, interrupção do serviço de Internet e várias apreensões de material de trabalho jornalístico.

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