O sucessor de Yasser Arafat como presidente da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), Mahmoud Abbas, reuniu-se recentemente com o chefe da Autoridade de Radiodifusão da Palestina para solicitar o “fim das incitações” contra Israel nos órgãos de comunicação social do território.

Segundo o sítio Rebelión, o dirigente palestiniano defende a autocensura, por forma a não difundir material que possa ser interpretado como uma “incitação contra Israel” pelo primeiro-ministro israelita, Ariel Sharon, que fez essa exigência como primeiro passo para o reatar das negociações de paz.

A este propósito, Radwan Abu Ayyash, director da Palestinian Broadcasting Corporation (PBC), afirma que a sua estação “apenas informa sobre o que Israel faz contra o povo palestiniano”, sem nunca incitar contra o Estado vizinho.

Porém, já pediu aos seus jornalistas para terem cuidados redobrados com o que vai para o ar, pois não quer dar pretextos a Ariel Sharon para que não retome as conversações com as autoridades palestinianas.

De acordo com o Rebelión, desde que a Intifada recomeçou em 2000, os órgãos de comunicação palestinianos têm transmitido canções nacionalistas, funerais de palestinianos assassinados por tropas israelitas e a demolição de casas por parte de forças de ocupação hebraicas.