Olímpicos: apelo para acabar com o sexismo e o assédio

Em vésperas dos Jogos Olímpicos, a Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) escreveu ao órgão regulador dos jogos para expressar a sua preocupação com o sexismo no mundo do desporto.

A carta da FIJ, apelando a que o Comité Olímpico Internacional garanta a segurança e o bem-estar das atletas e jornalistas, frisa a importância de que os valores do desporto prevaleçam e considera intolerável que as mulheres sejam submetidas a assédio, violência de género, insultos e humilhação.

São inúmeras as vozes que se têm levantado, cada vez mais, contra a misoginia prevalecente no desporto. No Brasil, onde ocorreram os últimos Jogos Olímpicos, as hashtags #DeixaElaTrabalhar ou #JornalistasContraOAssédio atestam a extensão do sexismo no desporto enfrentado pelas jornalistas.

Tudo isto voltou a ser exposto este ano, uma vez que antes mesmo do início da competição, as Olimpíadas de 2021 já foram marcadas por declarações sexistas. É fundamental que o Comité Olímpico tome medidas concretas para garantir que os direitos de todos sejam respeitados, durante os Jogos, mas também no futuro.

A carta da FIJ diz: “Solicitamos ao Comité que assegure que o sexismo seja evitado usando todos os meios à sua disposição e que, em caso de ameaças, assédio ou comportamento impróprio, sejam tomadas ações rápidas”. É necessária a cooperação e o compromisso de todos para que seja garantido um ambiente seguro.

A FIJ, como representante de 600.000 jornalistas em mais de 140 países, quer oferecer a assistência necessária para garantir que essas medidas sejam eficazes para atletas e jornalistas, e que os Jogos Olímpicos se coadunem com os valores desportivos que lhes estão na base e que promovem.

Clique aqui para ler a carta da FIJ na íntegra e que o Sindicato dos Jornalistas subscreve.

Partilhe