OIT identifica dificuldades no futuro do trabalho

“Os trabalhadores perderam a noção do coletivo e existe uma deterioração significativa da capacidade sindical”, afirmou Maria Luz Vega, defendendo ainda que “o ser humano não pode ser substituído por nenhuma máquina”.

“Os trabalhadores perderam a noção do coletivo e existe uma deterioração significativa da capacidade sindical”: esta foi uma das afirmações proferidas por Maria Luz Vega, responsável da Organização Internacional do Trabalho (OIT) que participou num encontro-debate realizado na sede do Sindicato dos Jornalistas (SJ), falando sobre “O futuro do trabalho”.

“As pessoas já não acreditam nas formas tradicionais de intervenção”, considerou Maria Luz Vega. “Face ao surgimento de novas formas de trabalho, os sindicatos não conseguem ter aí representação e registam-se dificuldades de enquadramento, seja no plano legal, seja noutros. Como fiscalizar? Como representar? Como negociar? Ao mesmo tempo, há uma crise ideológica e existencialista dos próprios trabalhadores. É necessária capacidade de adaptação”, sintetizou.

Num contexto em que, cada vez mais se aponta para a robotização como um recurso do mundo do trabalho nos próximos anos, a responsável da OIT frisou que “o ser humano não pode ser substituído por nenhuma máquina”.

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