O Sindicato e o Dia do Trabalhador: por condições laborais dignas

SJ associa-se à mensagem da Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) quando se assinala o 1.º de maio em todo o mundo.

Na data em que se assinala o Dia Internacional do Trabalhador, o Sindicato dos Jornalistas (SJ) associa-se à mensagem da Federação Internacional dos Jornalistas (FIJ), sublinhando a ideia de que “os sindicatos devem estar na linha da frente quanto à luta por condições laborais dignas e no centro das discussões sobre o futuro dos meios de comunicação”.

Recorda a FIJ que, segundo “investigações globais, os trabalhadores protegidos por um sindicato gozam, de um modo geral, de salários mais elevados”, além de “melhores condições e direitos em questões de saúde, segurança e bem-estar, apoio legal, convénios coletivos, representação, educação e formação”.

“Para que o jornalismo continue a ser o quarto pilar da democracia, são necessários sindicatos fortes que defendam os nossos direitos”, lembra Philippe Leruth, presidente da FIJ. “O 1.º de Maio é uma oportunidade para que a FIJ apoie os seus associados e reafirme as vantagens de pertencer a um sindicato”, acrescenta.

A organização recorda desafios que a profissão enfrenta, como o aumento exponencial do trabalho precário, ameaças à segurança, falta de formação, desigualdade de género, violação dos direitos de autor, ataques a serviços públicos de radiodifusão e a crescente ameaça ao jornalismo de qualidade representada pelas designadas ‘fake news’.

Profissão consagrada na Constituição e essencial à democracia, o jornalismo está hoje ameaçado pela precariedade, pela individualização das relações laborais em detrimento da contratação coletiva, pela exploração de mão-de-obra barata, pela concentração de meios, que reduz o pluralismo e a diversidade, pela falta de investimento público em apoio à missão de informar a sociedade.

O imediatismo domina a agenda mediática, deixando pouco espaço à reflexão, ao mesmo tempo que a especialização é preterida em favor da capacidade de fazer de tudo um pouco. Muitos empregadores não compreendem que o jornalismo de qualidade também os beneficia.

Os jornalistas, homens e mulheres como outros quaisquer, enfrentam dificuldades em conciliar o trabalho com a vida pessoal e sentem na saúde os efeitos de uma profissão que, embora não seja como tal considerada pela lei, é, reconhecidamente, de desgaste rápido.

É por isso determinante dar a cara e erguer a voz pelo jornalismo, por um jornalismo livre, independente e de qualidade. Porque um jornalismo forte fortalece a democracia.

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