Número de profissionais dos média mortos no Iraque ascende a 120

Os jornalistas e trabalhadores dos média assassinados no Iraque desde a invasão anglo-americana de Março de 2003 somam já 120, revelou a 9 de Maio a Federação Internacional dos Jornalistas (FIJ).

Só no domingo foram mortos mais três, dois deles raptados e assassinados a Sul de Bagdade e um terceiro – o fotógrafo Abed Shaker al Delaimi, membro do Sindicato de Jornalistas Iraquianos e colaborador ocasional da Reuters – morto por um homem armado em Bassorá.

Além destes casos, a FIJ está a investigar os casos três outros profissionais falecidos: Isamil Mohammed Khalaf, tipógrafo assassinado num ataque à bomba a 7 de Maio; Saad Shammari, jornalista do canal Al-Iraqiyah cujo corpo foi encontrado na berma de uma estrada em Bagdade a 5 de Maio; e Saud M’Zahim Al-Hedaithi, que trabalha para a Baghdadiyah TV e foi morto nesse mesmo dia.

“Estas mortes acrescentam uma nova brutalidade à atmosfera de terror e intimidação que tomou conta dos média iraquianos. Apesar das autoridades iraquianas dizerem que vão actuar na defesa dos jornalistas, estes continuam a lidar com uma realidade insuportável que não pára de se intensificar”, diz Aidan White, secretário-geral da FIJ.

Para a organização, a intimidação de jornalistas no Iraque está a tornar-se rotineira e perigosa, transformando o exercício do jornalismo numa missão quase impossível.

Partilhe