Número alarmante de jornalistas mortos em 2007

Duas das habituais estatísticas de jornalistas mortos durante o ano que terminou apontam para valores elevados e, como tal, preocupantes, pois significam, nas palavras do presidente da Federação Internacional de Jornalistas (FIJ), Jim Boumelha, a continua

Como é habitual, dadas as diferentes metodologias usadas, os números diferem consoante a organização: enquanto a Federação Internacional de Jornalistas (FIJ), em colaboração com o Instituto Internacional para a Segurança da Imprensa (INSI), aponta para 171 mortes confirmadas, a Repórteres Sem Fronteiras (RSF) indica 86 jornalistas e 20 assistentes dos média mortos em 2007.

Segundo a FIJ, o ano que terminou ficou ligeiramente abaixo dos valores recorde de 2006, tendo-se registado menos seis mortos. Dos 171 mortos contabilizados pela FIJ, 37 são casos de jornalistas que faleceram vítimas de acidentes enquanto cobriam uma história ou quando se deslocavam em serviço.

A organização afirma que as regiões mais perigosas para o exercício da profissão em 2007 foram o Iraque (65 mortos), a Somália (8), o Paquistão (7), o México (6), o Sri Lanka (6) e as Filipinas (5), tendo ainda alertado para a necessidade de contrariar a impunidade que grassa na maior parte dos casos de assassinato de jornalistas.

Já a RSF frisou que, pelas suas contas, 2007 foi o pior ano em termos de jornalistas mortos desde 1994, realçando que nos últimos cinco anos este valor aumentou 244 por cento.

Além da contabilização de jornalistas mortos, a organização revelou que 887 jornalistas foram detidos durante o ano, 1511 foram ameaçados ou atacados fisicamente, 67 foram raptados e 528 órgãos de comunicação foram censurados. A estes números junta-se ainda um saldo negro na Internet, com 37 bloggers detidos, 21 atacados fisicamente e 2676 sites encerrados ou suspensos.

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