O novo governo militar da Birmânia encerrou 14 jornais definitivamente e outros três temporariamente, além de ter reactivado o gabinete de censura, anteriormente nas mãos de homens da confiança do general Khin Nyunt, em prisão domiciliária desde 19 de Outubro.
As medidas recém tomadas foram já criticadas pela Repórteres Sem Fronteiras (RSF) e pela Associação dos Média da Birmânia, que as consideram injustas, repentinas e brutais contra todo um sector de imprensa privada no país e parecem um acto de vingança do novo primeiro-ministro Soe Win para com o seu antecessor.
De acordo com a RSF e a Associação dos Média da Birmânia, entre as publicações encerradas contam-se Living Color, New Gazette, First Eleven Journal, Interview Journal, Reader’s Journal, Idea Magazine, The Voice Journal, Naing Ngan Da-Kar Journal e Kumudra.
No caso da revista Living Color, o proprietário da licença de publicação é Ye Naing Win, filho do deposto Khin Nyunt, e, noutras situações, os editores tiveram de obter licenças que pertenciam a sócios de Khin Nyunt ou a agentes do Serviço de Inteligência Militar.