Nove jornalistas de órgãos de comunicação social estatais da Eritreia estão detidos desde 12 de Novembro, sem que até ao momento tenha sido dada qualquer justificação oficial sobre o assunto.
Segundo uma fonte da Repórteres Sem Fronteiras (RSF), os jornalistas detidos são acusados de serem amigos de, ou estarem em contacto com, jornalistas exilados, registando-se “um estado de alerta máximo no governo devido à recente fuga de vários jornalistas veteranos que detinham postos-chave no Ministério da Informação”.
Esperando que esta nova vaga de detenções de jornalistas não seja encarada pela comunidade internacional com a indiferença da anterior, ocorrida poucos dias depois do 11 de Setembro de 2001, a RSF afirma que, com base na informação que obteve acerca do centro de detenção de Eiraeiro, tem “razões para temer pela segurança física e mesmo pela vida dos jornalistas que foram detidos”.
De acordo com dados da RSF, a Eritreia é actualmente a maior prisão de jornalistas em África, com 22 jornalistas detidos, e a terceira maior do mundo, logo a seguir à China (32) e a Cuba (23).