Na morte de Álvaro Morna

O Sindicato dos Jornalistas (SJ) tomou conhecimento com profundo pesar do falecimento do jornalista Álvaro Morna, na madrugada de 4 de Maio, no hospital de Salpêtriere, em Paris, vítima de doença prolongada.

Nascido no Porto a 31 de Agosto de 1940, Álvaro Morna passou a infância e juventude em Leiria. Em 1963 decidiu exilar-se em França, como forma de evitar a mobilização para a guerra colonial.

Resistente antifascista, regressou a Portugal após o 25 de Abril, mas acabaria por regressar a França, onde no início da década de 1980 entrou para o jornalismo, ao serviço da Radio France-Internacional (RFI).

Manteve-se sempre na RFI, onde era actualmente chefe da secção portuguesa, mas foi ainda correspondente do “Diário de Notícias”, da Lusa e da Rádio Renascença.

Conhecedor da realidade da comunidade portuguesa em França, publicou em 2004 o livro “O caminho da Liberdade”, que se seguiu ao livro de reportagens “Timor – Uma Lágrima de Sangue” (2000), sobre o referendo para a independência de Timor-Leste. Deixou inédito, e incompleto, um livro de contos sobre o exílio e a emigração portuguesa para França.

No próximo dia 10 de Maio, pelas 10h30, será celebrada uma cerimónia religiosa em honra de Álvaro Morna, na igreja de Bruyère, em Sèvres, a que se seguirá, por volta das 15 horas, a incineração do corpo no cemitério parisiense de Père-Lachaise.

As cinzas virão depois para Portugal, onde serão deitadas ao mar numa cerimónia a organizar em São Pedro de Muel.

A Direcção do SJ apresenta as mais sentidas condolências aos familiares e amigos do camarada de profissão agora desaparecido.

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