As multinacionais dos média que possuem órgãos na Europa Central e de Leste têm uma “inaceitável duplicidade de critérios” a nível de salários e condições dadas aos seus profissionais, denunciaram dirigentes de sindicatos e associações de jornalistas de mais de 20 países, reunidos durante o primeiro fim-de-semana de Novembro em Tallinn, na Estónia.
Os participantes da conferência “East Meets West: Social Dialogue in the Media Sector”, organizada pela Federação Europeia de Jornalistas (FEJ), frisaram que a globalização e o movimento livre de capitais na Europa não podem ser dissociados da protecção dos direitos laborais.
No encontro foram focadas práticas condenáveis de multinacionais dos média como o não pagamento de horas extraordinárias, o esconder de informação sobre baixos salários, a recusa em dar aos jornalistas acesso a formação profissional e o despedimento de activistas sindicais e de pessoas que demonstraram interesse em participar em acções da FEJ.
Para a organização europeia de jornalistas, as empresas não podem ter apenas boas práticas nos seus países de origem e devem estender os seus padrões profissionais, organizacionais, salariais e de segurança aos outros estados em que se estabeleçam.