Movimento sindical unido em defesa da Rádio e da Televisão públicas

A Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses – Intersincal Nacional (CGTP-IN) manifestou ontem, 6 de Setembro, a sua solidariedade para com os trabalhadores da Rádio e Televisão de Portugal e para com as suas organizações representativas, rejeitando também a privatização total ou parcial da RTP.

Em moção aprovada na reunião do seu Conselho Nacional (texto integral em anexo), a CGTP reafirma “a necessidade de existência de um Serviço Público de Rádio e de Televisão com a garantia, por parte do estado, do cumprimento da Constituição da República Portuguesa” e alerta para as intenções do Governo.
“O que o Governo quer é entregar a determinados grupos económicos um sector estratégico e um serviço que é e deve continuar a ser assegurado pelo Estado como consagra a Constituição da República Portuguesa, tal como acontece nos países da União Europeia”, considera a central.
“O serviço público de televisão deve ser assegurado por uma gestão pública, nos termos constitucionais”, declarara a UGT, em 29 de Agosto (posição integral em anexo), considerando “aberrante a opção pela concessão a um operador comercial, estrangeiro ou nacional”.
A UGT “defende a não privatização de qualquer canal de televisão, devendo antes optar-se por uma reestruturação do serviço de Rádio e Televisão que assegure a melhoria continuada da qualidade do audiovisual e a plena utilização dos recursos humanos, cuja qualidade importa realçar e aos quais tem vindo a ser exigidos grandes sacrifícios”.
Entretanto, em mensagem dirigida ao Sindicato dos Jornalistas (SJ), a Federação Nacional dos Professores (FENPROF) manifestou-nos “a mais viva solidariedade e efectivo apoio à luta em defesa do Serviço Público de Rádio e Televisão”.
“Não temos qualquer dúvida sobre a natureza deste ataque a mais um serviço público de tão grande importância para a vida democrática da sociedade portuguesa: as políticas que promovem um forte ataque aos serviços públicos, com vista à sua privatização, ao despedimento dos trabalhadores e à fragilização das funções sociais do Estado”, acrescenta.
“Também na Educação, estas políticas estão a ser desenvolvidas, com consequências trágicas para milhares de profissionais e para a Escola Pública”, acentua o secretário-geral da FENPROF, Mário Nogueira, que assina a mensagem ao SJ.

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