Monge que auxiliou documentário libertado

As autoridades chinesas libertaram a 15 de Outubro o monge budista Jigme Gyatso, detido há sete meses alegadamente por ter ajudado na realização de um documentário sobre o Tibete, noticiou a Repórteres Sem Fronteiras (RSF), manifestando-se indignada com informações de que Gyatso terá sido torturado durante a detenção.

De acordo com a produtora Filming for Tibet, responsável pelo documentário em que o monge foi o operador de câmara de Dhondup Wangchen, “os interrogadores bateram-lhe continuamente e penduraram-no pelos pés ao tecto durante horas, mantendo-o atado durante dias na cadeira de interrogatório”, tendo o monge saído em liberdade condicional durante um ano.

Exigindo explicações por parte das autoridades chinesas, a RSF lembrou que o documentarista Dhondup Wangchen continua detido e que, desde os tumultos de Março – e apesar das regras mais relaxadas de reportagem na China –, o Governo “impediu quaisquer relatos sobre a situação no Tibete e muitos dissidentes foram detidos”, criando “um clima de medo nas cidades e nos mosteiros”.

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