Uma delegação multinacional de jornalistas europeus e do mundo árabe, liderada pela Federação Internacional de Jornalistas (FIJ), entrou em Gaza a 22 de Janeiro, horas antes de Israel ter finalmente aberto a zona à imprensa mundial.

Louvando “a coragem demonstrada pelos jornalistas locais perante ataques deliberados e, em muitos casos, mortíferos”, a FIJ revelou que o objectivo da missão é apoiar os jornalistas locais e investigar os problemas dos média durante o conflito, onde as culpas de ameaças e intimidação de jornalistas se repartem entre Israel e o Hamas.

“O último mês foi um inferno para os jornalistas que trabalham em Gaza”, afirmou Aidan White, secretário-geral da FIJ, adiantando que a organização que lidera defende que Israel e o Hamas devem ser “responsabilizados pelas graves violações à lei internacional que ocorreram durante o conflito”.

A FIJ revelou ainda que está a trabalhar com a Federação de Jornalistas Árabes (FAJ) para instaurar mecanismos que apoiem, e contribuam para, a unidade entre os jornalistas na região, os quais “têm sido vítimas de sectarismo e divisões” e “devem pôr de parte isso e forjar unidade e harmonia para bem do jornalismo na Palestina”.

Os jornalistas que compõem a missão são Aidan White (secretário-geral da FIJ), Makram Mohamed Ahmed (secretário-geral da FAJ), Nikos Megrelis (Grécia), Patrick Kamenka (França), Kjetil Haanes (Noruega), Paolo Serventi (Itália), Omar Mousa Al Shnaikat (Jordânia), Anee Poulsen (Dinamarca) e os egípcios Hatan Zakariya, Mohamad Noul Farhat, Imad Attiya e Salah Maqsud.