Preparar um programa de apoio a jornalistas iraquianos e criar as condições para um novo sindicato da classe no Iraque é o objectivo da visita que uma delegação conjunta da Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) e da Federação de Jornalistas Árabes (FJA) realiza durante esta semana a Bagdade e ao norte do país.
Composta por profissionais de França, Reino Unido, Egipto, Jordânia, Iémen e Tunísia, esta missão assinala ainda o lançamento de uma série de acções de formação sobre segurança para jornalistas iraquianos e repórteres estrangeiros em Bagdade, da responsabilidade do Instituto Internacional de Segurança da Imprensa (INSI).
Esta visita da FIJ e da FJA surge numa altura em que as autoridades provisórias tentam censurar algumas reportagens críticas da ocupação norte-americana, proibindo o uso nos jornais de palavras como “Jihad” e “resistência”, alegando que estas incitam à violência.
Defendendo o direito dos média a darem todos os lados da questão, a FIJ insiste que deve existir profissionalismo nos média e respeito das autoridades pelo jornalismo independente.
“A democracia não se constrói sob censura e tentativas de controlar os média. Precisa antes de uma estrutura de profissionalismo e auto-regulação que coloque o controlo do conteúdo mediático nas mãos dos jornalistas e profissionais dos média, que é onde ele deve estar”, afirma a organização.
Neste sentido, a FIJ reforça a necessidade de união entre os jornalistas iraquianos, que “precisam de falar a uma só voz por forma a garantir que os seus pontos de vista serão ouvidos quando chegar a altura de discutir o futuro da comunicação social no país”.