México cada vez mais perigoso para jornalistas

O assassinato de Jorge Ochoa Martínez, editor do diário local “El sol de la Costa” e do semanário “El Oportuno”, a 29 de Janeiro, aumentou para três o número de jornalistas mortos no México no espaço de um mês, demonstrando que o país está cada vez mais perigoso para a classe.

De acordo com a polícia, o jornalista de 55 anos foi alvejado várias vezes com uma arma de calibre 38 em Ayutla de los Libres, localidade do estado de Guerrero, no Sul do país. Não foi posta de parte a possibilidade de o crime estar relacionado com o trabalho desenvolvido por Jorge Ochoa nas publicações onde trabalhava.

Segundo a Repórteres Sem Fronteiras, noutros pontos do México vários têm sido os jornalistas ameaçados de represálias por cartéis de narcotráfico, agentes policiais e até por governantes.

A organização deu como exemplos Juan Aparicio, editor do “El Observador”, de Chiapas, ameaçado a 20 de Janeiro por um polícia enquanto cobria um raide a uma casa onde decorrera um rapto; Armando Suárez, repórter da revista “Puerto Viejo”, ameaçado por Yuan Yee Cunningham, autarca de Loreto, na Baja Califórnia, e agredido por funcionários públicos a 21 de Janeiro; e ainda o de uma estação de rádio em Los Mochis, no estado de Sinaloa, a 27 de Janeiro, à porta da qual foi incendiado um carro e deixada uma mensagem onde se lia: “Isto acontecerá a jornalistas. Serão queimados. Melhores cumprimentos, La Mochomera”.

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