Média no Iraque têm de defender direitos dos jornalistas, diz FIJ

A actual crise do jornalismo no Iraque só poderá ser resolvida se os grupos de média assinarem um compromisso de defesa dos direitos dos jornalistas, considera o secretário-geral da Federação Internacional de Jornalistas (FIJ), Aidan White.

Falando a 15 de Junho numa conferência da Comissão Nacional de Comunicação e Média, em Bagdade, Aidan White disse que dois dos grandes desafios do jornalismo iraquiano eram acabar com o uso dos média para a luta política e melhorar as condições económicas da classe jornalística.

Para este dirigente sindical “é impossível falar em liberdade de imprensa quando os jornalistas estão no meio de uma crise como esta”, referindo-se à junção de factores como baixos salários, pressões políticas e falta de segurança no país, a qual desde a invasão norte-americana em 2003 já vitimou 85 jornalistas, 62 dos quais iraquianos.

Aidan White apelou ainda ao envolvimento dos jornalistas iraquianos nas discussões sobre as reformas dos média e na criação de uma genuína independência editorial das redacções face ao poder económico e político.

Durante a conferência, o Iraqi National Journalists Advisory Panel distribuiu cópias da edição iraquiana do livro de segurança “Live News” e materiais diversos sobre direitos dos jornalistas, ética profissional e igualdade entre sexos aos cerca de 100 editores, jornalistas, peritos dos média e legisladores que assistiram à iniciativa.

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