Uma declaração apelando à libertação de cinco jornalistas sequestrados no Iraque e defendendo a liberdade de imprensa é publicada hoje, 5 de Maio, em diversos jornais europeus, caso do “The Times”, “Die Welt” e “El País”. O apelo conta já com a assinatura de cerca de 200 órgãos de comunicação.

O texto tem por base a Declaração de Bruxelas, datada de 22 de Março, onde se apelava à libertação da repórter Florence Aubenas, do diário francês “Libération”, e do seu motorista e guia iraquiano Hussein Hanoun, raptados desde 5 de Janeiro. O documento foi alterado a 28 de Março para incluir também o pedido de libertação de três jornalistas romenos: Marie-Jeanne Ion, Sorin Dumitru Miscoci e Eduard Ovidiu Ohanesian.

O apelo, que insta os países-membros da União Europeia a redobrarem esforços para libertar os cinco jornalistas, sublinha que os territórios não são realmente livres “se não existir liberdade de informar o público em qualquer local”.

Todos os países da União Europeia – com excepção de Chipre e Malta – estão representados entre os signatários, sendo o número de assinaturas liderado pela França (com 89 órgãos de comunicação), seguida da Bélgica (15), da Alemanha (14), dos Países Baixos (10) e da Espanha (8), existindo também assinaturas da Bulgária e da Roménia, que não pertencem à UE.

A campanha em prol da libertação dos jornalistas reféns está a ser levada a cabo pelo “Libération”, a Associação Mundial de Jornais, a União Europeia de Radiodifusão, o World Editors Forum e a Repórteres Sem Fronteiras, e todos os órgãos que desejem unir-se à acção podem dirigir-se ao endereço de Internet http://www.rsf.org/article.php3?id_article=13002 e tirar uma cópia da declaração para divulgar.

Também na página de Internet do “Libération” existe uma petição pela libertação da jornalista e do motorista, iniciada a 15 de Abril, dia em que se assinalaram os primeiros 100 dias do sequestro.

Além destas iniciativas, para dia 10 de Maio, quando se cumprem 125 dias de cativeiro da repórter francesa, está prevista a projecção de imagens dos reféns em dois ecrãs gigantes na Praça da Concórdia, em Paris.