Média europeus e muçulmanos promovem diálogo face à crise dos cartoons

Jornalistas, editores, patrões e especialistas dos média da Europa e do Mundo Árabe e muçulmano reuniram-se em Bruxelas a 15 de Fevereiro, tendo chegado a um acordo no sentido de dialogarem e trabalharem em conjunto para enfrentar os desafios da recente crise desencadeada pela publicação dos cartoons de Maomé.

Os participantes do encontro rejeitaram por unanimidade a necessidade de novos códigos deontológicos ou novas leis para responder aos problemas criados pela polémica das caricaturas, frisando que os códigos existentes são suficientes para encontrar soluções que conduzam a um jornalismo mais informado e mais ético em temas religiosos e interculturais.

Para além das conclusões aprovadas no final da reunião, que se publicam em anexo, os profissionais dos média reunidos em Bruxelas decidiram ainda coordenar esforços nos próximos meses e solicitar à FIJ que convoque novas reuniões de grupos profissionais dos média para debater estes temas tanto a nível regional como internacional. Os participantes no encontro apelam igualmente aos seus homólogos do mundo árabe e muçulmano para que participem neste processo.

Entretanto, a Federação Internacional de Jornalistas solicitou também aos líderes da União Europeia e das Nações Unidas para que usem a sua influência junto dos governos da Argélia, Jordânia, Iémen e Síria no sentido de obter a libertação dos seis jornalistas que estão detidos ou presos pela publicação dos cartoons de Maomé.

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