Média da Dinamarca acusados de parcialidade na guerra no Iraque

Um relatório das universidades dinamarquesas de Copenhaga e Roskilde, divulgado a 18 de Novembro, acusa os órgãos de informação do país de parcialidade na cobertura da guerra no Iraque, a favor da coligação liderada pelos Estados Unidos.

Os investigadores revelaram-se “surpreendidos” com a elevada dependência que a imprensa demonstrou relativamente a fontes militares britânicas, norte-americanas e dinamarquesas, dedicando, nos primeiros dois meses do conflito, muito tempo às estratégias de guerra e muito pouco às perdas humanas e às consequências para os civis iraquianos.

Argumentando que os média podiam ter recorrido a mais fontes que não as militares para relatar o conflito, Stig Hjarvard, um dos autores do relatório, lamentou que, após a invasão, a cobertura se tenha focado na intervenção armada, relegando para segundo plano o debate sobre as justificações e as razões da guerra, algo que até então tinha sido bastante equilibrado.

Por exemplo, de acordo com o relatório, as suspeitas de que Saddam Hussein possuía armas de destruição maciça e ligações a terroristas – os principais argumentos para a invasão do Iraque – desapareceram por completo dos média logo após o início do conflito.

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