O documentário “Ei-los que partem”, da jornalista portuguesa Fernanda Bizarro, foi distinguido com a Medalha de Prata do Grande Prémio Internacional do Documentário de Autor da Universidade Radiofónica e Televisiva International (URTI). A entrega do prémio ocorreu em cerimónia realizada a 1 de Julho no Mónaco, no âmbito do 46.º Festival de Televisão de Monte Carlo.
O trabalho de Fernanda Bizarro incide sobre a partida de milhão e meio de portugueses para França durante as décadas de 1960 e 1970 e é o quarto de uma série de cinco documentários da RTP sobre os traços fundamentais dos três ciclos da emigração portuguesa.
Os três primeiros documentários dessa série são da autoria de Jacinto Godinho e tratam do primeiro ciclo, que teve como destinos o Brasil e os Estados Unidos, enquanto o último programa, realizado por Paulo Costa, aborda o terceiro ciclo, que teve o Luxemburgo como um dos principais destinos.
O Grande Prémio Internacional do Documentário de Autor da URTI – que visa recompensar as produções televisivas que abordem grandes questões sociais e no domínio da arte e da cultura – é um dos principais galardões do Festival de Televisão de Monte Carlo e foi este ano ganho por “Crianças de Darfour”, da dinamarquesa Camilla Nielsson. Houve ainda lugar a uma Medalha de Bronze para “A Viagem das Mulheres de Zartalé”, de Claude Mouriéras, da ARTE France.