Massacre nas Filipinas foi “um golpe cruel para a democracia”

O assassinato de 31 jornalistas e trabalhadores dos média a 23 de Novembro em Maguindanao, nas Filipinas, a cerca de meio ano das eleições de Maio de 2010, constituiu “um golpe cruel para a democracia e para a liberdade de imprensa” naquele país asiático, afirmou a Federação Internacional de Jornalistas (FIJ).

A mesma organização mundial de jornalistas apelou a uma acção urgente de apoio jurídico e humanitário às famílias das vítimas do massacre, que vitimou ainda outras 26 pessoas, e instou a comunidade internacional a pressionar o governo filipino a garantir a protecção das testemunhas do crime e a desenvolver um programa de segurança para jornalistas em toda a ilha de Mindanao, dada a proximidade das eleições.

As declarações da FIJ foram produzidas na sequência de uma missão de quatro dias às Filipinas, composta por contactos intensivos com familiares das vítimas, testemunhas, comunidade jornalística local, advogados e funcionários do governo em Manila e na cidade de General Santos.

A missão foi composta por representantes da FIJ, do Comité para a Protecção dos Jornalistas (CPJ), da Aliança de Imprensa do Sudeste Asiático (SEAPA), do Instituto para Estudos sobre Livre Circulação de Informação (ISAI), do Instituto Internacional para a Segurança da Imprensa (INSI), dos sindicatos indonésio, australiano e tailandês, do International Media Support e da Union Network International (UNI).

Os anfitriões da acção foram o sindicato de jornalistas filipino, o Centro Filipino para Jornalismo de Investigação e o Fundo de Liberdade para Jornalistas Filipinos.

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