As autoridades marroquinas suspenderam sine die as reportagens da Al Jazeera no país, alegando que a estação televisiva não segue “as regras do trabalho jornalístico responsável e sério”, nomeadamente no que respeita à integridade territorial, numa alusão à questão do Saara Ocidental, disputado entre Marrocos e a Frente Polisário.
A decisão foi prontamente condenada pelo Comité para a Protecção dos Jornalistas (CPJ), que se mostrou “alarmado” pelo acto censório e instou o Ministério das Comunicações a revogar a medida e a permitir que profissionais ao serviço da Al Jazeera recebessem acreditações.
O chefe da delegação da Al Jazeera em Rabat, Abdel Qader Kharroubi, afirmou ao diário libanês “As-Safir” que a decisão das autoridades não implica a saída da emissora de território marroquino, pois a empresa irá lutar “com todas as suas capacidades para retomar a cobertura”.