Maoístas admitem assassinato de jornalista nepalês

Líderes maoístas do Nepal admitiram que foram quadros seus que raptaram e mataram o jornalista Birendra Shah a 5 de Outubro, na sequência de protestos pacíficos realizados por todo o país pela Federação de Jornalistas Nepaleses (FNJ) exigindo saber o para

O relatório divulgado pelos maoístas refere que Birendra Shah foi raptado por ordem de Lal Bahadur Chaudhary, líder regional do partido maoísta, no âmbito de uma vingança pessoal. O jornalista terá sido morto a tiro por Kundan Faujdar e Ram Yekbal Sahani, que o enterraram numa selva entre as aldeias de Juguwa e Kakari, na região de Bara, 160 quilómetros a Sul de Katmandu.

Exigindo que os culpados sejam imediatamente levados perante a justiça, a Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) e a FNJ lamentaram o facto de o assassinato de Shah ter sido escondido do público durante um mês e criticaram as autoridades por terem reprimido de forma violenta os protestos pacíficos de 4 de Novembro, que causaram dois feridos e levaram à detenção de 14 manifestantes,

A FNJ está a planear mais acções de protesto pela morte do jornalista, conhecido pelas suas reportagens sobre as actividades de contrabando de madeira de antigos rebeldes maoístas.

Partilhe