Sherin Rashid, uma apresentadora de televisão iraquiana, e o seu motorista foram encontrados mortos em Bagdade a 29 de Outubro, um dia depois de terem sido sequestrados por homens armados e no mesmo local onde o rapto havia tido lugar.

A apresentadora dinamizava programas dirigidos às minorias curdas e cristãs, o que segundo Aziz Rahim, porta-voz da Al-Iraqiya, pode tê-la tornado num alvo para os rebeldes sunitas ou para as milícias xiitas.

De acordo com o Comité para a Protecção dos Jornalistas (CPJ), nos últimos dias registaram-se ainda outros três assassinatos de profissionais dos média que podem ou não estar relacionados com o seu trabalho jornalístico: a 30 de Outubro foi descoberto o corpo do jornalista freelance Abdelmajid Isma’il Khalil, de 67 anos, que havia sido raptado a 18 de Outubro; o repórter Saed Mahdi Shalash e a sua mulher foram mortos na sua casa, perto de Bagdade, a 26 de Outubro; e Raed Qaies, da estação de rádio Sawt Al Iraq, foi alvejado por desconhecidos a 13 de Outubro.

Tropas dos EUA detêm dois jornalistas

Segundo dados da Repórteres Sem Fronteiras (RSF), o exército norte-americano deteve a 26 de Outubro os jornalistas Rabiaa Abdul Wahab e Ali Burhan, da rádio Dar Al Salam, devido a suspeitas de ligação destes a grupos armados.

As tropas dos EUA também efectuaram uma rusga sem mandado judicial à sede da estação televisiva Al Furat, desarmando os guardas, vasculhando as instalações e confiscando material informático.