Maioria dos portugueses confia nos jornalistas

Uma sondagem efectuada pela TNS Euroteste para a revista Visão revela que 77 por cento dos portugueses acredita nas informações dadas pelos órgaos de comunicação social.

Segundo o estudo, divulgado a 6 de Novembro, 10% dos entrevistados acreditam «totalmente» no que é relatado pelos jornalistas, 67% afirmam crer «em parte» e 8% desconfiam «em parte» do que lêem e vêem.

Apenas 8% dos inquiridos (uma amostra de 600 indivíduos recenseados e residentes em Portugal) se assumem como totalmente incrédulos quanto à veracidade das informações divulgadas, enquanto 6% dizem não acreditar nem deixar de acreditar.

Este autêntico voto de confiança nos jornalistas não impede uma visão crítica sobre o trabalho realizado. Assim, a maioria (32%) discorda da divulgação das escutas telefónicas feitas a dirigentes socialistas no âmbito do processo da Casa Pia, embora 31% pense exactamente o contrário. Entre os mais radicais, 10% acham que a divulgação desses dados foi «muito má», contra os 6% que a classificam como «muito boa».

As respostas à pergunta “A revelação do conteúdo dessas escutas foi boa ou má para o país?” evidenciam ainda mais a opinião crítica dos portugueses: 50% consideram que “foi má”, contra apenas 30% com parecer positivo.

Já no que se refere às notícias que levaram à demissão dos ministros Pedro Lynce e Martins da Cruz as opiniões são mais consensuais: 48% dos inquiridos consideram que os jornalistas cumpriram bem o seu papel e 14 por cento pensam mesmo que o fizeram “muito bem”. No extremo oposto, apenas dez por cento dos inquiridos acham “mal” a divulgação da notícia e um por cento “muito mal”.

A ficha técnica do estudo, efectuado entre 31 de Outubro e 01 de Novembro, não revela o erro de amostragem e o intervalo de confiança do inquérito.

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