Lista negra sobe para 50 mortes este ano

Desde o princípio do ano já morreram 50 jornalistas e profissionais dos média, que cobriam acontecimentos em zonas de conflito, revelou a Federação Internacional de Jornalistas (FIJ), para quem 2002 “está a ser mais um ano triste e sangrento para a liberdade de imprensa”.

Nas duas últimas semanas foram conhecidos os casos de mais três jornalistas mortos em zonas de guerra. Na Inguchétia, uma região do Cáucaso, que faz fronteira com a Chechénia, orealizador e jornalista «freelance» Roddy Scott foi dado como morto, ao ser apanhado pelo fogo cruzado num combate entre facções rivais. Em Ramallah, um atirador israelita atingiu mortalmente o repórter palestiniano Issam Tilawi, que cobria uma manifestação contra o cerco das tropas de Israel ao quartel-general de Yassser Arafat. Em Cali, na Colômbia, Americo Viafara Valencia, um produtor de uma televisão regional, foi morto por assassinos profissionais.

Estas três mortes elevaram para meia centena o total de jornalistas e profissionais dos média que perderam a vida desde o princípio do ano. Um número que a FIJ considera “demasiado elevado”.

Para o secretário-geral da FIJ, Aidan White, “estes colegas morreram em zonas onde há acontecimentos que devem ser noticiados, mas que são perigosas. Muitos já perderam a vida nessas regiões e vão ocorrer mais baixas, no caso de não conseguirmos reduzir os riscos”.

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