Lista B – Num Conselho cabe um país

 

Na candidatura da lista B ao Conselho Geral de um sindicato como o nosso cabe um país inteiro. Um país que ao longo do tempo foi tantas vezes esquecido ou ignorado, olhado com paternalismo. Um jornalista faz Jornalismo esteja onde estiver, tenha o vínculo que tiver. Por isso a lista B apresenta-se a estas eleições de forma inédita, inteiramente constituída por jornalistas que trabalham na Imprensa Regional; correspondentes das rádios, imprensa nacional, plataformas digitais ou televisão. Pela primeira vez haverá no Conselho Geral representantes dos 18 distritos e das regiões autónomas. Entre esses, aqueles que trabalhando a partir do Porto, como o Miguel Carvalho, de Lisboa, como António Marujo, sabem a diferença entre Vila Franca de Xira e Vila Franca das Naves. Sabem que a carteira profissional da fotojornalista Rosa Santos, do Correio do Minho, é igual à do Vítor Mota, do Correio da Manhã. Que Braga e Portalegre são partes do  mesmo todo.

Que o cartão de sócia da Fátima Pinto, em Viseu, é igual ao do Luís Mendonça, em Vila Real. E que ambos usam o mesmo éter que o  Nuno Miguel Santos, no Fundão, que a Liliana Carona (de Gouveia, Guarda e tudo à volta), que o Paulo Nobre, em Évora.

Que as vidas da Licínia Girão, a partir de Coimbra, ou da Elisabete Rodrigues, a partir de Faro, já deram tantas voltas como as da Patrícia Fonseca, agora em Santarém, do Luís Henrique Oliveira, em Viana do Castelo, ou do Paulo Barriga, a partir de Baleizão.

Porque todos estão no mesmo barco que o Carlos Almeida, a partir da Batalha ou de Leiria, que a Sílvia Reis, a partir de Fátima (ou de qualquer lugar)

No Conselho Geral cabe o país que o Paulo Martins conhece tão bem, cabem as comunidades portuguesas já abraçadas pelo Paulo Pereira, cabe o profissionalismo da Fátima Faria – que cresceu em Aveiro e trabalha mais a norte. E a garra da Ana Martins Ventura, em Setúbal, da Glória Lopes, em Bragança, ou do Joaquim Ribeiro, em Torres Vedras. Tudo isto com a ajuda dos camaradas Pedro Moreira, em Ponta Delgada, e Miguel Luís, no Funchal. Cabem todos – os que vivem na precariedade que é preciso continuar a combater, todos os dias, porque para muitos deles o teletrabalho não começou com a pandemia; cabem os jornalistas desempregados, a quem é preciso apoiar.

Porque num Conselho vai um país. E a Paula Sofia Luz sempre soube disso. Depois da experiência na direcção do SJ, é tempo de fazer ouvir essa voz no Conselho Geral.

Garantir igualdade de tratamento.

Promover a partilha de experiências e o debate de ideias sobre o estado do Jornalismo.

Dar voz à diversidade que se pratica fora dos grandes centros.

Reflectir sobre os constrangimentos da profissão, nomeadamente a excessiva centralização.

Em nome de todos, vota bem, vota B.

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