Na audição realizada esta manhã na Comissão de Ética do Parlamento, o ministro dos Assuntos Parlamentares, Jorge Lacão, afirmou que a reflexão a que apelou sobre a agregação entre a RTP e a Lusa não coloca em causa a autonomia das duas empresas, tendo antes por objectivo encontrar uma forma de “racionalizar meios e moderar custos” na área da comunicação social do Estado.
Sem adiantar pormenores sobre o eventual negócio de compra das participações de privados na Lusa por parte da RTP, Jorge Lacão afirmou que, “quando, e se, houver um plano de decisão sobre qualquer matéria do plano institucional, ela será apresentada. Até lá não há nenhuma orientação em curso, a não ser amadurecer um sentido de responsabilidade” no que toca a poupar recursos nas duas empresas.
O ministro avançou ainda que pretende colocar em discussão o modelo de financiamento do serviço público até 2013, altura em que será revisto o acordo de reestruturação financeira da RTP, datado de 2003.
“Quanto à possibilidade de agregação, não nego que pode ter dimensão institucional e operacional”, limitou-se a dizer Lacão, sem especificar mais, não obstante as constantes perguntas das oposições acerca do ponto em que estará o processo, sobre como seria a troca de participações sociais, quanto é que se poderia poupar com as sinergias, se implicaria despedimentos e se já há estudos sobre o assunto.
