KGB deporta jornalista ucraniano

O jornalista ucraniano Mikhail Podoliak foi deportado a 21 de Junho pelos serviços de segurança bielorussos (KGB) por escrever “mentiras injuriosas” acerca da situação política na Bielorússia, ficando impedido de entrar no país durante cinco anos.

Segundo a Associação de Jornalistas da Bielorússia (BAJ), o jornalista não recebeu qualquer aviso prévio da sua deportação e não pôde recorrer da decisão, tendo sido levado pelos agentes do KGB até Odessa, na Ucrânia, onde foi deixado sozinho, enquanto a sua mulher bielorussa permanecia em Minsk.

Mikhail Podoliak trabalha como editor-adjunto no semanário “Vremya” e, de acordo com a agência russa Prima, pensa continuar a fazê-lo, apesar dos obstáculos impostos pelas autoridades da Bielorússia, que já em Agosto de 2003 o tinham multado em 7300 euros por alegada difamação de Anatoly Tozik, director do Comité de Controlo do Estado.

Este caso é o terceiro do género desde 1997, ano em que Aleksandr Stupnikov, jornalista da televisão russa NTV, foi expulso da Bielorússia como “indesejável”. Seis anos volvidos, em 2003, o seu colega Pavel Selin teria tratamento idêntico.

A deportação de Mikhail Podoliak foi já condenada pela BAJ, pelo Comité para a Protecção dos Jornalistas (CPJ) e pela Repórteres Sem Fronteiras (RSF).

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