Juiz reconhece direito de jornalista à protecção das fontes

O juiz norte-americano Cormac Carney deliberou a 24 de Julho que o repórter do “Washington Times” William Gertz não tem de revelar as suas fontes confidenciais num caso que envolve suposta espionagem ao serviço da China.

O magistrado disse que o interesse público em preservar uma imprensa livre era superior ao interesse de forçar Gertz a revelar as suas fontes, mas ainda assim os procuradores federais pretendem que o jornalista testemunhe perante um grande júri que analise a fuga de informação que ocorreu neste caso.

William Gertz – que invocou a Quinta Emenda para evitar responder às questões em tribunal – já disse que irá combater quaisquer tentativas de o levar a testemunhar perante um grande júri, sabendo que se se recusar a testemunhar poderá ser acusado de desrespeito ao tribunal.

De acordo com o “The Sun”, na audiência de quinta-feira o repórter fez uma declaração em que alertava para um ataque à liberdade de imprensa pois “as fontes confidenciais são vitais para uma imprensa livre, independente do controlo governamental”.

“Sem elas, a maioria dos abusos e falhas dos governos em décadas passadas não teria sido revelada nem corrigida”, lembrou Gertz, frisando que “devemos oferecer resistência aos esforços do governo para obrigar os repórteres a revelar as suas fontes”.

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