Judith Miller e Matthew Cooper podem ser presos dia 6

O juiz Thomas Hogan avisou, a 29 de Junho, que os jornalistas Judith Miller e Matthew Cooper se devem preparar para cumprir pena de prisão a partir de 6 de Julho, caso continuem a recusar-se a revelar as suas fontes confidenciais no âmbito do caso Valerie Plame.

O magistrado alertou igualmente a revista “Time” de que, caso não entregue no tribunal, até 6 de Julho, o material que este solicitou para tentar descobrir as fontes de Matthew Cooper, será multada diariamente até que proceda a essa entrega.

Durante a audiência – e depois do magistrado ter dito que a multa seria substancial mesmo para uma empresa como a Time Warner – os advogados da “Time” deram a entender que a revista poderá vir a colaborar, dado que tem na sua posse as notas que Matthew Cooper usou para o artigo que escreveu sobre Valerie Plame.

O jornalista, que apareceu em tribunal com o seu advogado pessoal, Richard Sauber, diz que a decisão cabe à “Time”, mas espera que esta não ceda os seus apontamentos ao tribunal.

Judith Miller e Matthew Cooper têm agora até ao final de dia 1 de Julho para preencher os documentos relacionadas com a sua prisão, incluindo quaisquer problemas médicos que devam ser levados em conta, tendo o governo de responder a esse requerimento até ao meio-dia de 5 de Julho.

Caso não revelem as fontes até 6 de Julho, os jornalistas podem ficar presos por um período até quatro meses, até que expire o mandato do grande júri, em Outubro. No entanto, o novo grande júri pode obrigá-los a cumprir os restantes meses de prisão deliberados pelo tribunal.

De notar que, na audiência de 29 de Julho, o procurador especial Patrick Fitzgerald contestou o facto dos jornalistas não serem presos de imediato, depois da recusa do Supremo Tribunal em apreciar o caso: “A autoridade do tribunal deve ser respeitada. Cumpra-se a ordem – é uma obrigação legal e moral”.

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