Os jornalistas da televisão pública grega anunciaram uma greve contra os contratos a prazo na empresa e pela melhoria das condições sociais, revelou a Federação Europeia de Jornalistas (FEJ), que apoia esta paralisação organizada pela Federação Pan-Helénica dos Sindicatos de Jornalistas.
A greve foi considerada ilegal pelos tribunais, na sequência de movimentações da estação pública ERT, que foram condenadas pela FEJ.
“As condições sociais suficientes e o direito à greve são direitos humanos essenciais consagrados na Carta Social do Conselho da Europa e na Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia”, disse Wolfgang Meyer, um dos dirigentes da FEJ que se inteirou sobre esta situação, numa visita a Atenas.
Mais de 500 jornalistas do operador público estão contratados a termo certo, na maioria dos casos por períodos de três meses. Recebem salários inferiores aos dos outros jornalistas e não beneficiam da segurança social ou de cuidados de saúde. Estão sob a ameaça permanente da não renovação dos contratos, o que prejudica a sua independência enquanto jornalistas de uma estação pública.
A greve foi convocada no dia 17 de Fevereiro por cinco sindicatos de jornalistas reunidos naquela federação, que se encontra filiada na FEJ.
“Os jornalistas apenas podem cumprir a sua função profissional se não recearem constantemente pelo seu posto de trabalho”, disse Wolfgang Meyer, lembrando que é fundamental a expressão da solidariedade dos sindicatos e dos jornalistas europeus a esta greve, como se verificou noutros países europeus.